PCP promove uma acção nacional para afirmar a necessidade de reforçar o SNS, combater a Covid-19 e garantir o regresso à actividade normal.
Na Guarda a acção vai decorrer com colocação de cartazes pela cidade da Guarda e junto ao centro de saúde e Hospital, divulgação de vídeos de profissionais sobre o SNS e condições de trabalho, e uma conferência de Impressa às 16, 30 horas na Alameda de Santo André.
Numa altura em que se regista uma diminuição de casos positivos e um abrandamento da pressão sobre as unidades do Serviço Nacional de Saúde, é urgente preparar o regresso à actividade normal e recuperar os atrasos verificados noutros planos da saúde.
É fundamental que haja fixação de jovens enfermeiros e médicos formados na UBI e na ESSG, só assim conseguimos dar resposta integrada e articulada entre as diversas instituições públicas de saúde. É fundamental o reforço do SNS ao nível dos meios financeiros, desde logo com alteração da capitação financeira do financiamento não circunscrito à população, mas sim ao grau de dependência e índice de envelhecimento, tal como fomentar a diferenciação técnica dos recursos humanos e técnicos em parceria com as instituições do ensino superior.
É fundamental fixar todos os recursos humanos contratados com vínculo precário no âmbito do combate à pandemia COVID 19 e elaborar um plano a médio longo prazo de reforço dos cuidados de saúde primários e da saúde pública. A promoção da saúde e a prevenção deverá ser o desiderato estratégico do SNS e não apostar apenas no reforço dos meios no combate à doença e na perspectiva hospitalar. É preciso investir seriamente no SNS. Sucessivos governos têm desvalorizado o sector público de saúde em benefício dos grupos privados e do negócio da doença.
A precariedade, insegurança no futuro, excessiva carga de trabalho desvalorizado e mal pago, falta de recursos humanos e de modernização de equipamentos e a excessiva burocratização do quotidiano, têm fragilizado o SNS e a capacidade de resposta que pode e deve dar.
É crucial a articulação dos vários níveis de cuidados e uma direcção coesa e determinada na defesa do interesse público, para o regresso à actividade normal e criação das condições para garantir o acesso aos cuidados de saúde que necessitam. Tal como o envelhecimento da população do distrito, assistimos ao envelhecimento de do conjunto dos médicos. Faltam médicos em áreas fundamentais, desde logo na área da Medicina Geral e familiar, ortopedia, cardiologia, entre outros.
Como se provou foi, é e será no SNS que os portugueses encontrarão a resposta e o acesso aos cuidados de saúde a que têm direito.
O País e a região contribuíram para a formação de centenas de profissionais de saúde que encontraram, na última década, uma saída profissional no estrangeiro fruto do vergonhoso desinvestimento no SNS. É preciso garantir o retorno ao nosso país com uma visão estratégica de médio e longo prazo, integrando a contratação desses milhares de profissionais, nomeadamente entre os médicos e enfermeiros portugueses a trabalharem no estrangeiro, criando as condições salariais, de estabilidade e de realização profissional no sector público. É urgente a implementação de um plano estratégico para o SNS e não desbaratar recursos financeiros sem uma política de coesão social e territorial.
Impõe-se concretizar o que o Orçamento do Estado foi inscrito por proposta pelo PCP:
- Reforço das unidades de saúde pública com mais 500 profissionais;
- Assegurar a capacidade de internamento e resposta em cuidados intensivos, com a abertura de mais 409 camas e a contratação de mais 47 médicos;
- Contratação de 935 médicos, 630 enfermeiros, 465 assistentes técnicos e 110 assistentes operacionais para os cuidados de saúde primários;
- Mobilização de todos os recursos na esfera pública.
- Requalificação do Pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins da Guarda conforme proposta do PCP em sede de OE 2021 e não esquecer a 2. ª Fase de construção do HSM;
- Rentabilização da capacidade instalada do HNSA em Seia em articulação com a resposta e necessidades dos utentes do SNS, nomeadamente nos concelhos limítrofes com vista ao combate às listas de espera com a área da Cirurgia do ambulatório
A realidade que se vive no País exige medidas excepcionais de protecção da saúde e da vida. Mas não é aceitável que elas se transformem em arma de arremesso para atropelar direitos e garantias dos trabalhadores.
Combate à COVID-19:
- Mais rastreio;
- Vacinação mais rápida e para todos com a exigência à UE que não fomente a cartelização do negócio das multinacionais farmacêuticas.